segunda-feira, fevereiro 26, 2007

 
I know not what course others may take; but as for me, give me liberty or give me death!

Patrick Henry - March 23, 1775

 
Dá-me uma palavra.
Dá-me tu ou todos ou qualquer pessoa.
E com essa palavra. Com essa que me deste. Com ela, mudarei e libertarei. Com ela farei com que, por fim, darás a mão a teu irmão não-semelhante, na cor, na origem, no sexo, na religião.
Apenas se me deres a palavra. Tratar cada um, cada uma das suas diferenças, tratá-las como igual. Já, outrora, tiveram um sonho. Um sonho em que um dia tudo mudasse. Não só uma pessoa. Diariamente, pessoas sonham. Esperança na beleza da diferença aceite e agraciada. Aceitação sem corrupção. Aceitem dar uma palavra. Aceitem ouvir. Pois, mais tarde, quererão ser ouvidos. Como poderão exigir sem ter dado antes?
Um sonho. Um sonho, tarde demais para nós, mas olhem para a janela, olhem para a rua e vejam os olhos do próximo jovem que passar. Bom ou mau, não interessa. Olhem para os seus olhos e pensem no que vêem. Conseguem ver justiça? Ou ódio? O que queriam ver? Esperança ou conformismo no que existe? Gostariam de os ouvir ou de os fazer ouvir-vos? Perguntem-se se estaria certo obrigá-los a ouvir-vos, sem lhes dar a oportunidade de falar?
Olhem para outra pessoa.

Olhem para ela. Vêem a cor da pessoa. A roupa. Os sapatos e o cabelo. Mas vejam melhor.
Conseguem ver os problemas? Conseguem ver o desejo de mudança?

Conseguem ver que o própria egoísmo social tornou a mais inocente criança, no mais sangrento criminoso? Podem dizer que foram os antepassados. A descedência. No sonho, filhos de escravos e filhos de donos de escravos, sentados a volta da mesma mesa. Não é desculpa. O passado não é desculpa. O presente é culpado.

Portanto, dá uma palavra. Dá liberdade. Não a peças antes de dar. Chora quando vês que a palavra não está a ser dada. Mas levanta a cara em seguida. E tu próprio fá-la ser dada.

 



Exactamente como outra pessoa qualquer, esta pequena frase pode caracterizar o que nos difere. Não é a desigualdade, nem ''todos iguais e todos diferentes''. Ninguém é perfeito, mas apenas partes são excelentes. É isso mesmo q caracteriza cada um de nós. As partes que são transcendentais. As partes que nos diferem. São essas partes que nos humanizam e diferem.

 

Simplicidade

Já não vivi em vão
Já escrevi bem
Uma canção.

A vida o que tem?
Estender a mão
A alguém?

Nem isso, não.
Só o escrever bem
Uma canção.

Fernando Pessoa

sábado, fevereiro 24, 2007

 

Felicidade


Fala-se muito em felicidade. As pessoas perguntam-se a si, constantemente, e aos outros se são felizes. Se foram felizes. Se tiveram uma vida feliz, ou se vão ser felizes para sempre. E comentam isso, como se fosse um resultado directo de sucesso ou outras vezes como um objectivo, ou uma concequencia de uma boa relação amorosa (também!).
Pergunto-me a mim se serei feliz. Mas o que é a felicidade? É porque estou apaixonada e a pessoa que tenho ao meu lado faz-me sentir bem? É porque me sinto confiante, ou tenho dinheiro, ou muito sucesso? É porque concretizei os meus desejos? Isso para mim seria o pior pois não teria mais pelo que lutar.
É porque gosto da minha vida? Ou porque me sinto bem comigo? Gosto, sinto. Mas não creio que possa defenir-me como feliz por causa disso. Aliás, nem acho que a felicidade seja um estado, ou uma condição. Ou um atributo, e não vem em concequencia de uma regra geral.
Para mim felicidade, é um momento. É um momento em que olhamos á nossa volta e o que vemos é belo, o que ouvimos é melodioso, o que cheiramos é perfumado e o que tocamos é suave e prazenteiro. É quando sentimos a força de viver, num momento, e temos a certesa que tudo está no seu lugar. Que nada poderia estar melhor, e que não podíamos ter tomado melhores opções para estarmos onde estamos e sermos quem somos. Tudo num momento
É claro que esse momento se desvanece, e por isso não acredito que alguém diga que É feliz. Há periodos de tempo da minha vida em que senti felicidade mais vezes, e outros em que senti menos. Se o sentisse a toda a hora, perderia a piada e o seu imenso valor. E para mim, conseguir compreender isto, é o suficiente para me dar um momento de felicidade. Ou talvez seja melhor comer um kinder =)

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

 

''Cerca-te de muros quem te sonhas''

Nós;
Encarregados de artes
Não procuradas nem
Adquiridas por si.
Impurados, excomungamos
De nós retirados a escolha.
Não de Deus, não de
Família, não de ninguém.
Atrocidades aterradoras
Comitidas e repetidas,
Contidas e escondias
Dentro deles e,
Infelizmente, sem escolha
De sair...

Embora não detendo a verdade,
Verdade não o é sujeitar
maleficios e malicias:
Camarado do terror,
Inimigo da cura.
Não.
Sobre quem te pensas,
Protege-o.
Fortifica-o.

 

Pessoa

Detendor de um nome;
Conjunto único de palavras
Diferentes mas entrelaçadas:
Dizem-se, entoam-se, cantam-se.

Conjunto simbólica de
Uma pessoa única,
Singular e exclusiva.
Quanto mais longe
Mais desigual fica.
Ontem, hoje e amanhã.

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

 

Aborto


NÃO SIM

Então, faz-se um referendo com medo do poder da decisão própria, senhor PM?



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