O Rio Da Minha Aldeia

Enfie-me recentemente e por um engraçado acaso no meio de uma peixeirada digna do mercado.ume outro tinham ideias muito giras, e muita tareia e asneira nos blogs, com as pancadarias habituais entre alunos. No segundo não tive, infelizmente, opurtunidade de excrever, mas gostei no geral mais do que no primeiro.
Nos meus velhos tempos de secundário, as campanhas não eram nos blogs. Mesmo assim, senti aquela nostalgia do High School
Saudades...

Se no meu anterior comentário, falei em juventude e adolescencia (prolongada ás vezes) hoje pareceu-me por bem falar de crianças.
Quando eu era piquena, ficava sempre a pensar que os adultos não gostavam de crianças, porque nunca as levavam a sério, e estavam sempre a apelidá-las de mentirosas, fantasistas e estupidas. Onde isso até certo ponto é verdade, porque as crianças têm o seu Mundo, um pouco diferente do nosso de agora, não é motivo nunca para não as ouvir. E como eu sempre detestei não ser ouvida, desejava, na altura, ardentemente crescer. Contudo agora já não penso assim.
Quando a infeliz idade a que cheguei me fez apreciar a bela Inocencia. E um dia discuto aqui a minha apreciação ideológica por esta virtude.
Mas a nível prático, há dias eu estava numa aldeia perdida do país, e pedia atenção a todos os carros que encontrava para me darem alguma atenção e indicarem onde se apanhava o autocarro para a capital. Surpresa ou não, ninguém parava, nem ninguém tentava falar comgio. Até um motoqueiro idiota começoua abrir quando percebeu que eu precisava de ajuda. Não sou convencida, mas sempre pensei que era bonita, ou pelo menos tinha bom aspecto. Não sou nenhuma arruaceira, para não me darem atenção. E a determinada altura reparei que fazia sinal a um carro vermelho meio podre com uma menina de 10, 11 anos e a mãe. Também não parou.
20 Minutos depois e desespero, e ainda estava no mesmo sitio, o carro vermelho voltou a passar, e perguntou-me que era que eu nessecitava. Eu expliquei que andava á procura da paragem, e de saber se passavam autocarros ainda naquele dia para ir para Lx. E a senhora, felizmente confirmou, e indicou-me a paragem. Agradeci e depois perguntei:
"É só impressão minha ou a senhora foi dar uma granda volta para pdoer voltar aqui?"
Diz a mãe, apontando para a filha:
"Ela é que insistiu que queria ver o que a menina tinha"
E acrexcenta a filhinha, meio corada:
"Eu fiquei preocupada consigo e só queria ver se precisava de alguma coisa"
Agradeço a Deus, um qualquer e se existir, ter sido outrora como aquela menina. E a todas as que já foram e serão assim um dia, agradeço do fundo do coração. Nunca o esqueçam. São as meninas deste Mundo, que o tornam mais belo

"olhe desculpe, o senhor. Esteve este jantar todo a ouvir-nos falar de temas recorrentes, sobre droga, alcool e sexo. Além de inumeros disparates que realizámos sobre influencia de qualquer uma destas forças maiores. Motivo pelo qual deve achar que somos umas crianças e que representamos tudo o que de pior que a juventude pode ofrecer. Mas sabe, nalgumas coisas eu recuso-me terminantemente a crescer. Pelo menos por agora. Sinto que se abdicar dessa enorme parte da minha vida que foi a imaturidade, minha de direito até hoje, me vou arrepender por tudo o que ainda não fiz. Esteja isso relacionado com drogas, alcool, sexo, ou com o puro vandalismo e mais uma série de asneiras que por uma questão de pudor não vou referir agora. E não me leve a mal! A verdade é que cresci bastante. Trabalho mais, sou mais responsável, mais organizada, até mais pontual! Mas nalgumas coisas... ainda não é o meu tempo.
- Sofres do Complexo de Peter-Pan! - acrescentou o inutil do costume.
- Nada disso, respodi. Mas sabes de um bom amigo nosso, 6 anos mais velho do que eu, e ainda mais apegado a tudo o que foi a nossa boa adolescencia.
- E achas que serás como ele?
- E se for? Nunca o critiquei. Para mim, O rapaz que está sempre guiandotomou opções não só válidas, como muito sábias. É como te disse.
É de minha sincera opção não crescer mais neste momento. E não nesses parametros. Vou fazer as minhas asneiras. As saídas disparatadas. As noites ás voltas, as aventuras e desventuras de um pequeno grupo de jovens que se delicia com a vida dessa maneira. Eu não estou pronta para desistir de tudo isto. E o senhor (que ainda nos ouvia atentamente) espero que não fique com má impressão nossa por tudo isto"

Ora, agora aconteceu algo verdadeiramente delicioso. O senhor advogado, o Dr André, que teria pelos seus 65 anos apenas disse "minha cara amiga, como é óbvio ninguém lho pede. Cada um tem os seus ritmos de crescimento, e o crescimento não é apenas pautado pelo ganho de uma sobriedade mórbida que por vezes parece caracterizar os "crescidos". É mais do que saudável.

Passado um bocadinho, entregaram uma imitação de incenso que todos os bebados da mesa comentaram ser parecido com droga, e que provavelmente deveriam queimar aquilo. Foram feitos N comentários e trocadilhos ácerca do assunto. Até que o nosso ilustre advogado de 65 anos diz "bem, mas isso é que produto? se for O Produto, pode ser que seja pedra. E aí sim, dá-vos uma granda pedra"
E logo a seguir convida o jovem Edmundo que tem 86 anos mais lúcido que o pedido e conta histórias aos jovens sobre a sua época.
Sempre detestei ouvir pessoas a mandar vir com os jovens. Que são a geração rasca, da merda, que só fazem asneiras, e que não ocupam o seu tempo com nada minimamente aproveitável. "Rasca é uma palavra gasta para uma geração vasta" diz o Sam the Kid. Numa musica homonima deste post. E a verdade, é que nestes momentos, sinto mesmo-me mesmo contente por saber que ainda há quem nos aprecie. Na nossa força e vigor. Juventude.
Sim, Juventude É Mentalidade. É a MINHA Mentalidade. Para sempre

Ora boas.
Estive uma série de tempo sem escrever devido a problemas técnicos com o computador. Peço desculpa aos leitores e ás leitoras assidu@s do meu espaço de desabafo.
Por problemas parecidos o António também teve fora da blogosfera durante algum tempo. Ouvi dizer que ele também está de regresso.
Espero que gostem