quinta-feira, abril 12, 2007

 

Looser?


Boas
Eu ando há já uns tempos com uma teoria um tanto quanto idiota sobre o ser humano. Vamos a ver se gostam:
Nos animais a teoria de darwin venceu. O mais forte, aquele que é genéticamente mais apto ás condições em que a espécie vive, derrota o mais fraco porque consegue propagar-se mais facilmente e mais depressa. Os seus genes são transmitidos e passados na reprodução, prevalecem sobre os genes fracos que não trazem vantagens para os individuos menos adaptados, fazendo com que eles não se consigam reproduzir. Right?
Ora alguns intlectuais elitistas, piamente crentes nas teorias da superioridade racial
estão convictos que o mesmo acontece no ser humano: algumas pessoas nascem predispostas ao sucesso, mais adaptadas e portanto são os seus génes que sobrevivem e se mantém na Espécie. Muitos acreditam até que tal depende da raça e portanto há raças mais fortes do que outras e permenecerão enquanto outras serão extintas porque não estão adaptadas o suficiente.
Para mim, que acreditei sempre na teoria oposta, isto não passa de balelas. Passo a Explicar
Surge uma nova condição assumidamente no ser humano, o facto de termos capacidade cognitiva/emotiva que nos forçou a criar a noção de solidariedade e Amor ao Próximo. Estes conceitos levaram a que, e ao longo dos séculos, os homens ajudassem os menos aptos a sobreviver. Um Leão que nasça sem uma perna estará condenado á priori a uma morte prematura, contudo um ser humano que nasça sem uma perna será auxiliado pela comunidade de forma natural para que possa viver toda a sua vida assim. Até lhe será dada uma prótese para que substitua a perna, cadeiras de rodas, bengalas... Portanto torna-se muito dificil alguém nascer "condenado" por muito pouco adaptado que se encontre á nascença.
Ainda há outra questão a atentar: Um rapaz que conheci e possuía uma má formação no coração, que lhe obrigava a fazer treino diário de exercicios cardió-respiratórios, tornou-se assim num jovem com uma excelente forma e resistencia fisica, tendo inclusivé obtido prémios em modalidades como as corridas de longas distancias e o ciclismo.
Portanto o ser humano pode-se adaptar. Foi este facto que permitiu que o ser humano sobrevive-se mais e domina-se o globo, sem ter nenhuma adaptação que lhe garantisse nenhuma vantagem especifica a não ser a sua extraordinária capacidade de adaptação em vida, que lhe permite num curto espaço de tempo criar a sua própria adaptação.
Ok, nós seres humanos sobrevivemos. Como? Porque adquirimos com facilidade os meios nessessários para nos mantermos vivos, sobretudo os recursos naturais que são (ou deviam ser)partilhados pela dita comunidade. Só há selectividade quando há competição,e essa competição desaparece quando o homem (através da sua unica vantagem, a capacidade de apdatação) consegue criar os seus próprios meios de subsistencia. Melhor ou pior, gerámos meios e sobretudo no ultimo século de crescermos exponencialmente, e hoje somos seis biliões graças a isso. Contudo a sobrevivencia simples, e para nos mantermos como espécie dominante, não pode ser o unico proposito do homem.
Os Psicologos classificam as nessessidades do ser humano como Básicas(alimentação, sono...) Protecção, Sexual, Pertença e realização pessoal. Portanto o ser humano que nasça genéticamente mais apto terá mais facilidade em satisfazer estas cinco nessessidades, por ordem, e o que nasça genéticamente menos apto terá menos facilidade. Ora, para o ser humano continuar a existir, e a sobrevivencia além da morte de um individuo, dá-se com a reprodução. Logo, mais apto é o ser que mais se conseguir reproduzir. E o conceito que permite a reprodução, deixa com tudo isto, de ser a sobrevivencia, mas um conceito novo a que os sociólogos denominam de Selecção sexual,sendo que, e segundo este conceito se faz uma análise sobre se o macho (ou a femea) possui adaptaões suficientes para acasalar.
Esta, arrisco-me a afirmar, tornou-se na unica e derradeira competição do ser humano. A hipótese de sobreviver, e subsistir depende de milhares de outros factore,s mas está controlada. Agora a capacidade de se prolongar para além da morte, de manter os seus génes no mundo depende da conquista de um parceiro, e tal obriga a possuir determinadas adaptações. Mas o que acontece quando não se possui naturalmente essas adaptações? quando elas não estão incluídas no nosso código genético? Estaremos aí condenados ao infornutnio da incapacidade de produzir descendencia (e ao fracasso emocional que representa a solidão?)
JAMAIS!E foi a capacidade de adaptação do ser humano que permitiu que os seres humanos menos aptos, que nasçam com génes que não trazem vantagem em satisfazer as nessessidades até aqui referidas, as satisfizessem. Imagino com facilidade o Homem que desenhou o primeiro quadro, para poder cativar uma possível parceira. A primeira serenata escrita para que um homem, inapto e pouco atractivo, tivesse a hipótese de "acasalar" com a fémea predilecta. O proprio romantico, em sua concepção básica, apaixonado e rejeitado até á final aceitação, é um personagem criado que, vivendo a sua história de Amor profundo, cria uma beleza em sua volta que não possui naturalmente. E esta noção é intemporal, retratada no velho Cyrano.
Pergunto então, até que ponto não terá sido este o mecanismo básico que permitiu a evolução do homem? Não terá sido este impulso básico, esta nessessidade que motivou o homem e consistiu no verdadeiro motor da produção de toda a obra do homem: a Arte, Escritura, Filosofia, Ciencia, Desporto, Religião, Economia e até a Politica foram geradas para cobrir e suplementar a ausencia das adaptações natas que muitos homens (considerados génios dos seus tempos) nessessitavam para poderem ser sexualmente bem sucedidos. É aos falhados de todos os tempos, áqueles que nasceram com muito pouco a seu favor que o Mundo, deve em ultima análise, a sua evolução.

Foi por isto que sempre acreditei que a genética pouco interessa (para a avaliação, ou distribuição das pessoas por classes). Afinal, que genes permitem mais adaptação, se esta pode vir sempre depois e com o tempo? Será que os génes que fornecem menos adaptação não são na mesma transmitidos, se as pessoas sobrevivem e se reproduzem? E a adaptação não se pode medir pelo meio? Como, se o meio está em constante mutação, ou se a avaliação se torna impossível tendo em conta que o meio(sobretudo o meio social) se esforça por adaptar e integrar cada novo individuo, pelos principios que referi anteiormente?
Torna-se óbvio então que as pessoas devem ser consideradas como nascido Iguais, e em cicunstancias Iguais. A sua adaptação será progressiva, e poderá até alterar-se de um momento para o outro, mesmo sem se fastarem do meio, apenas através da capacidade de adaptação presente e inerente a todos os seres humanos. Caso para usar a frase do Freddy mercury: You Can Be Everything You Want to be

Dedico este Post ao meu amigo DJ, ao humano mais humano que conheci. Porque toda a gente lhe chamou looser, quando isso jamais estará decidido á partida, e que quem lhe chamou looser não conhece como eu a sua capacidade de adaptação. Nunca conheci um looser, e sinceramente não acredito que existam: um looser amanhã pode vencer qualquer batalha desde que se adapte. Com isso fará o Mundo evoluir, e consruirá mais para o futuro.
E a este looser em especifico digo-lhe já: desta vez ele vai ganhar

Comments:
A ideia de que os génios produziram a cultura humana a partir de uma necessidade de reprodução não é de todo realista. É bem possível que alguma tenha sido produzida com esse fim, mas ainda assim uma ínfima parte. Partir do facto de que eles era uns "falhados" por não terem as condições genéticas para se reproduzirem e ainda assim conseguiram vencer, para dizer que a genética não é importante é outro erro enorme. Está provado, e é perfeitamente lógico, que as condições genéticas tanto afectam a capacidade de reprodução como as capacidades intelectuais, e essas, minha cara amiga, quer queira quer não, eles possuíam-nas e em parte por culpa dos seus genes.
 
Enviar um comentário



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?