segunda-feira, julho 24, 2006

 

Orgulhosamente Dependente


"Tu eras capaz de ir estudar para o estrangeiro?" Perguntei
"Não(...). Além disso, tenho cá a familia, os amigos, namorada... acho que não conseguia"
"E Sabes que o(...) vai estudar pa Inglaterra?"
"Sim sei, mas o curso dele só á lá. E... não é pa ser mauzinho, mas ele não tem muito a que se agarrar. E por exemplo, sempre que encontra alguém, ou algo a integrar na sua vida, acaba por ter uma desilusão, porque se apega imenso ás coisas..."
"Então achas que ele vai para Inglaterra em busca de algo a que se agarrar?
"Bem, não sei. Ele diz que tem lá uma amiga fixe e... Mas estar a ir para lá assim, dessa maneira, é exagero, talvez"
E eu tinha a minha resposta.
Ao que parece, e dou a razão aos psicologos, as pessoas precisam de pertencer a algum sitio. Talvez fiquem eternamente á procura desse sitio, quando não encontram onde estão. Por outro lado, nego desta vez o que afirmava o Friederich. Não se trata de carneiragem. Mas talvez quem queira travar um caminho sozinho, acabe por se perder. Não é preciso seguir sempre. Mas ás vezes, é saudável. Quanto ao Friederich, morreu maluco num hospicio, sozinho. Ele é que dizia que seríamos independentes, sem saber para quê. Assim tornamo-nos um vazio, aquilo a que pertencemos é aquilo que nos identifica. Quem não pertence a nada, não é nada. Eu não quero pertencer a nada. Quero pertencer a tudo
Boa sorte amigo. Espero que encontres em Inglaterra, o que procuras

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